Há 88 anos atrás, tinha início a Revolução Constitucionalista de 1932.
Muito mais do que um simples feriado, é preciso recuperar os ideais do conflito para compreender o quão atuais eles podem ser.
Nas fotos dessa postagem é possível perceber algumas publicações do Jornal A Comarca, entre os meses de maio e agosto de 1932. A cidade de Mogi Mirim foi atuante durante o conflito, seja recrutando voluntários para a luta, seja através do empenho das mulheres e outros cidadãos para o cuidado dos feridos e na organização de donativos e ouro para a manutenção das tropas.
Era comum que acontecessem comícios e desfiles cívicos inflamando o ânimo dos paulistas para o combate, voltado a defesa de uma Constituinte.
O governo ditatorial de Getúlio Vargas mantinha-se sustentado por acordos que desagradavam os paulistas desde 1930. São Paulo exigia um interventor federal paulista de nascimento e civil. Após muitas idas e vindas o Sr. Pedro de Toledo assume o cargo, mas logo percebe a impossibilidade de continuar com a empreitada, dada a intenção da manutenção da ditadura.
Muitos jovens paulistas tombaram defendendo os ideais republicanos e porque não dizer também democráticos, mesmo que por detrás de tudo isso o que ocorria era uma luta partidária e de interesses de grupos, distribuídos entre os membros do partido Republicano, Democrático e Popular Paulista.
Apesar disso, a massa popular defendia a causa apaixonadamente, ciente de que São Paulo não era separatista, mas defendia justamente o contrário, ou seja, a coesão da nação.
É importante ainda a referência ao voluntário Francisco Ferreira Alves Filho (Chiquito Venâncio), cuja citação serve para homenagear todos os corajosos heróis mogimirianos, pois que seus restos mortais encontram desde 1961 no Obelisco mortuário, no Ibirapuera, cidade de São Paulo, dedicado a Revolução, na companhia de tantos outros valorosos combatentes. Ele é o único voluntário mogimiriano que lá se encontra.
Em tempos de discursos acirrados e desagregadores, lembrar-se do ano de 1932 é defender o quão injustas e ineficientes podem ser as ditaduras.